CBF compensa ajuda no Choque-Rei impedindo vitória do Palmeiras sobre o Flamengo/RJ
Meus amigos.
Percebi que o Palmeiras não conseguiria um bom resultado neste domingo, no Maracanã, logo aos 6 minutos do primeiro tempo. É que foi preciso apenas este tempo para que a arbitragem deixasse bem claro que hoje pagaríamos o preço do absurdo erro cometido a nosso favor pelos árbitros do clássico com o São Paulo/SP, no último dia 5. Confiram:
a) Aos 2, após cobrança de escanteio pela esquerda, Jorginho empurra Gustavo Gómez com os dois braços esticados, evitando que o zagueiro palmeirense cabeceasse com força e em direção ao gol. Pênalti claríssimo, que tanto o árbitro de campo, Wilton Pereira Sampaio, como o do VAR, Caio Max Augusto Vieira, fizeram de conta de que não viram.
b) Aos 4, Flaco López sofre falta claríssima e frontal, na entrada da grande área, mas WPS prefere marcar apenas escanteio.
c) Aos 6, depois de sofrer uma falta na intermediária, Maurício é pisado por Pulgar. O árbitro de campo não tem como ver o lance, pois vários jogadores impedem sua visão. Mas o responsável pelo VAR tem a imagem muito clara e prefere se calar sobre a irregularidade, passível de cartão vermelho.
Dito isso, quero deixar aqui minha opinião sobre o jogo em si e os motivos que levaram nosso time a perder a partida.
Os três gols que sofremos foram frutos de erros que nossos próprios jogadores cometeram.
a) No primeiro gol do Flamengo/RJ, Bruno Fuchs permite que Pedro gire sobre seu corpo e lance a bola para Arrascaeta.
b) No segundo, o mesmo Fuchs simula uma falta do centroavante do Flamengo/RJ e, quando percebe que não conseguiu enganar o árbitro, corre atrás do camisa 9 e comete um pênalti desnecessário, pois Piquerez já estava na jogada. Aliás, no começo do mesmo lance, Vítor Roque também fingiu ser agarrado por Danilo, em jogada absolutamente normal.
c) No terceiro, Aníbal Moreno cochila e perde a bola para Pedro, que só tem o trabalho de tocar na saída de Carlos Miguel.
Erros à parte, vi uma partida em que o Palmeiras foi superior ao adversário durante todo o tempo, na qual criou e finalizou imensamente mais e conseguiu anular seus principais pontos fortes – e todos sabemos que estes são muitos, mais até do que o próprio Verdão possui.
Isso, por sinal, me deixou com duas esperanças: a primeira é que, faltando ainda 10 jogos para cada equipe e dependendo por ora de nossas próprias forças, ainda temos boas chances de obter o trideca neste Brasileirão; já a segunda talvez seja ainda melhor: caso cheguemos à final da Libertadores e tenhamos o mesmo adversário pela frente, a oportunidade de sermos tetracampeões será real. Até porque, neste caso, o campo será neutro.
E a arbitragem também.

O volante Jorginho empurra o zagueiro Gustavo Gómez com os dois braços estendidos após cobrança de escanteio. Pênalti claríssimo, que árbitros de campo e de vídeo fingiram não ver.
CARLOS MIGUEL: REGULAR
NOTA 5
Não teve culpa alguma nos três gols que levou em sua estreia. No fim do jogo, saiu mal em uma bola cruzada e fez boa defesa em um chute lateral.
KHELLVEN: BOM
NOTA 6
Foi bem, sobretudo no apoio e nos cruzamentos. Mesmo longe de ser craque, é muito melhor dop que Giay.
GUSTAVO GÓMEZ: ÓTIMO
NOTA 7
Sofreu o pênalti mas não se abalou. Este perfeito nas coberturas e, no fim, com sua raça levou o time ao ataque, sendo presenteado com o gol.
BRUNO FUCHS – PÉSSIMO
NOTA 3
Vinha sendo um dos melhores jogadores do time nas últimas partidas, mas hoje simplesmente enterrou nossa equipe. No primeiro gol dos caras, permitiu que Pedro virasse e lançasse para Arrascaeta. No segundo, além de forjar uma falta do centroavante flamenguista, ainda cometeu um pênalti desnecessário, pois Piquerez já estava no lance. Uma atuação para esquecer.
PIQUEREZ – MUITO BOM
NOTA 6,5
Gostei bastante. Defensivamente, não permitiu que Luiz Araújo tivesse destaque; ofensivamente, apareceu com boas jogadas e bons cruzamentos.
ANÍBAL MORENO: PÉSSIMO
NOTA 3,5
Começo a crer que em jogos grandes o amigo aí de cima entrega a rapadura. Na Copa do Brasil, todo mundo sabe a m…. que fez no segundo jogo; hoje, dormiu na jogada do segundo gol flamenguista. Para um jogador que chegou à seleção de seu país, tem falhado muito em partidas importantes.
ANDREAS PEREIRA: BOM
NOTA 6
Como era de se esperar, foi muito vaiado por sua ex-torcida, mas não se deixou abater. Iniciou muitas jogadas em nossa intermediária e cobrou o escanteio no qual Gómez sofreu o pênalti ignorado pelos árbitros.
MAURÍCIO – RUIM
NOTA 4,5
Muito bem marcado, inclusive às vezes de forma desleal, por Pulgar, praticamente não tocou na bola. Deveria ter sido sacado já no intervalo, e não apenas aos 21 minutos do segundo tempo.
FLACO LÓPEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Até teve bons lances em jogadas individuais e finalizações, mas nem de longe lembrou o jogador que tem sido desde que passou a atuar como ponta-de-lança.
VÍTOR ROQUE: ÓTIMO
NOTA 7
Mais uma grande atuação deste rapaz. Além do belo gol de cabeça que marcou, infernizou todo o sistema defensivo do time carioca e ainda deu o passe inicial para o segundo gol palmeirense.
FELIPE ÂNDERSON – MUITO BOM
NOTA 6,5
Outro que foi muito bem. Além de recompor o meio-campo pelo lado esquerdo, como sempre faz, ainda tentou jogadas individuais. Numa delas, por pouco não marcou mais um gol. Só saiu porque precisávamos de mais agressividade pela ponta esquerda.
ABEL FERREIRA: BOM
NOTA 6
Nosso treinador foi bem nesta que foi sua 350ª partida no comando do Palmeiras. Começou acertando na escalação inicial ao promover a volta de Khellven no lugar do limitado Giay, na manutenção de Bruno Fuchs (um dos melhores do time nos últimos jogos) no time titular – e nem o técnico e nem ninguém poderiam esperar a péssima atuação que o zagueiro teria nesta tarde) e na opção por Maurício, e não Raphael Veiga, para ser um dos meias da equipe.
Mas, como quase sempre acontece, Abel Ferreira demorou demais para alterar a equipe. Ora, se terminamos o primeiro tempo perdendo por 3 a 1, é inadmissível que ele tenha feito pelo menos uma mudança no intervalo. Além de Fuchs, de longe o pior em campo, Aníbal Moreno estava psicologicamente em frangalhos após o erro no terceiro gol, e só saiu aos 21 do segundo tempo. Não posso garantir que se tivesse alterado a equipe teríamos conseguido um resultado melhor, mas pelo menos ele teria feito o que deveria fazer bem antes, e não somente na segunda metade da etapa final.
Agora, cabe ao portuga conseguir manter o Palmeiras de cabeça erguida, pois como sabemos teremos nos próximos dias três decisões seguidas: os dois jogos com a LDU/EQ, pela Libertadores, e a partida diante do Cruzeiro/MG, no próximo final de semana. Chegarmos a mais uma final do mais importante torneio do continente e continuar dependendo apenas de nossas forças para levantar o caneco será essencial para que no final deste ano a festa – ou mesmo as festas – sejam verdes mais uma vez.
FACUNDO TORRES – RUIM
NOTA 4,5
O cara entra aos 31 minutos da etapa final, atua até os 51 e não consegue realizar uma única jogada que preste.
RAPHAEL VEIGA – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Pode não ter sido o meia que tanto esperamos que volte a ser, mas pelo menos participou um pouco e também teve um bom arremate no fim da partida.
RAMÓN SOSA – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Entrou meio capenga e demorou para pegar o ritmo. No fim, deu o chute que gerou o rebote do goleiro e resultou no gol de Gustavo Gómez.
ALLAN – REGULAR
NOTA 5
Dez minutos após entrar, deixou o meio para ser ala pela direita. E foi de lá que iniciou a última jogada de ataque, na qual sofreu falta clara que o árbitro de campo, claro, fez de conta de que não viu.
EMI MARTÍNEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5
Só entrou porque Aníbal Moreno “morreu” após falhar e teve um segundo tempo sofrível. Impediu uma boa jogada do Flamengoi/RJ realizando uma ótima cobertura.
FOTOS CAPA E ACIMA: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS