Aníbal Moreno cai em provocação, é expulso no começo do jogo e tira Palmeiras da Copa do Brasil

Meus amigos.

Eu poderia salientar nesta crônica pós-jogo que, para uma equipe que precisava vencer por dois gols de diferença, o Palmeiras teve em seu ataque o pior setor no jogo.

Eu poderia salientar nesta crônica pós-jogo que, mesmo jogando melhor em alguns momentos da partida, nossa derrota foi inquestionável.

Eu poderia salientar nesta crônica pós-jogo que, quando de fato precisamos do nosso banco de reservas, na verdade ele não tem muito a nos oferecer em termos de qualidade.

Eu poderia salientar nesta crônica pós-jogo que, se jogadores como Paulinho, Bruno Fuchs e Murilo estivessem à disposição, possivelmente o resultado final nos tivesse sido favorável.

Eu poderia salientar nesta crônica pós-jogo que, não fosse a péssima fase por que passa nosso treinador, provavelmente neste momento estaríamos comemorando a classificação na Copa do Brasil, e não chorando a eliminação do torneio.

Eu poderia, por fim, salientar nesta crônica que, ao ser eliminado por uma equipe bastante inferior tecnicamente, que representa um clube brutalmente endividado, que mais aparece em páginas policiais do que esportivas, cujo presidente é interino e seu antecessor responde por crimes na Justiça Comum, todos nós, palmeirenses, passamos agora uma bruta de uma vergonha.

Mas, se fizesse tudo isso, não seria justo com 14 dos 15 atletas que estiveram em campo e nem com o técnico do Verdão. É que quando um jogador experiente age como juvenil, cai na provocação de um adversário, lhe desfere uma violenta cabeçada e é expulso aos 12 – isso mesmo: aos 12!!! – minutos do primeiro tempo não adianta um ataque mortal, não adianta uma superioridade momentânea em campo, não adianta um banco recheado de craques, não adianta a volta de titulares ao time e não adianta o treinador estar em boa fase.

É que quando um imbecil está a fim de eliminar o time inteiro não adianta fazer nada.

ÂNDERSON BARROS – EXCELENTE
NOTA 10

Pela primeira vez na história deste site, abro espaço para analisar o desempenho de um dirigente. Se o faço hoje, é porque o nosso diretor de futebol deu um show na coletiva pós-jogo, na qual falou logo após Abel Ferreira. Polido, educado e tranquilo, apesar do vexame pelo qual acabara de ver o time passar, não fugiu à sua responsabilidade pelo mau momento por que passa a equipe, respondeu todas as perguntas que lhe foram feitas com educação, admitiu que há erros que precisam ser corrigidos (muita embora não saiba exatamente quais sejam) e, o que foi ainda melhor, deixou à torcida uma mensagem não de esperança, mas de quase certeza de que em breve tudo voltará ao normal. Que assim seja!

WEVERTON: RUIM
NOTA 4,5

Fez duas boas defesas, mas de novo errou num derby. Hoje, tentou simular falta de Mateus Bidu e se tornou o responsável pelo primeiro gol “deles”.

GIAY: MUITO BOM
NOTA 6,5 

Talvez porque Khelvenn tenha sido contratado, jogou hoje sua melhor partida pelo Palmeiras. Foi bem na marcação e melhor ainda no apoio.

GUSTAVO GÓMEZ: BOM
NOTA 6

Sua missão era anular Yuri Alberto, e ele a cumpriu com competência. 

MICAEL – RUIM
NOTA 4,5

Vinha relativamente bem até cometer a falta desnecessária que culminou no segundo gol dos caras.

PIQUEREZ: REGULAR
NOTA 5

Na noite em que atingiu a marca de 200 partidas pelo Palmeiras, foi discreto demais. Deixou a desejar no apoio.

ANÍBAL MORENO: VEXATÓRIO
NOTA ZERO!!!

Imbecil, juvenil, idiota, irresponsável. Somente um asno é capaz de cair na provocação de um adversário aos 12 minutos do primeiro tempo, lhe desferir uma cabeçada e ser expulso. Se fomos eliminados hoje, 99% da culpa é do retardado aí de cima.

LUCAS EVANGELISTA: SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Teve sua ação comprometida após a c….. de Aníbal Moreno, pois se tornou o único jogador de marcação em nosso meio-campo durante todo o primeiro tempo. Na etapa final, já atuando como segundo volante, teve boas antecipações e roubadas de bola.

MAURÍCIO – REGULAR
NOTA 5

Anulado durante quase toda a partida por Raniele, só se destacou já no segundo tempo, quando quase marcou um gol.

FACUNDO TORRES – MUITO RUIM
NOTA 4

Talvez tenha tido hoje sua pior atuação desde que chegou. Não viu a cor da bola no primeiro tempo e sua saída foi um raro acerto de Abel Ferreira nesta quarta-feira.

VÍTOR ROQUE: BOM
NOTA 6

Pense em um cara sacaneado quase todo jogo pelo treinador. Hoje, era o único atacante a incomodar – e muito – a defesa dos caras, e o português o tira no intervalo. Um dia, Abel Ferreira não será mais o técnico do Palmeiras, e eu tenho certeza de que então o amigo da foto acima começará a mostrar o futebol que todos conhecemeos.

RAMÓN SOSA – RUIM
NOTA 4,5

Até começou relativamente bem, com boas jogadas individuais. Mas aos poucos foi caindo de rendimento, sumiu na etapa final e só ficou até o fim porque o portuga provavelmente se esqueceu de que ele estava em campo.

ABEL FERREIRA: RUIM
NOTA 4,5

Nosso treinador não foi o principal responsável por mais uma eliminação do nosso time, mas a demora em alterar a equipe, expondo-a desnecessariamente desde que o idiota do Aníbal Moreno fez o que fez, a absurda substituição de Vítor Roque no intervalo e a escolha de um jogador sem vibração alguma como Felipe Ânderson para ir a campo deram uma bela força para que passássemos esta vergonha. 

Abel Ferreira vive a pior fase desde que assumiu o comando do Palmeiras e hoje, merecidamente, ouviu milhares de palmeirenses o mandarem “tomar suco de caju” pela primeira vez. Minha esperança é que as ofensas que lhe forma proferidas pela galera que lotou a Arena Palestra Itália o façam refletir em relação à sua postura geral, diminuam – ainda que à força – a sua arrogância e lhe imponham goela abaixo altas doses de humildade e de educação, qualidades jamais vistas em seus quase cinco anos de clube.

EMI MARTÍNEZ – REGULAR
NOTA 5

Nosso time melhorou a marcação no segundo tempo porque ele entrou e protegeu bem a nossa zaga. Pena que no finzinho foi outro a ser expulso sem ter necessidade alguma.

RAPHAEL VEIGA – MUITO RUIM
NOTA 4

Entra em quase todo jogo, e em quase todo o jogo teria sido melhor que não tivesse entrado. Nem bola parada acerta mais. 

FLACO LÓPEZ – SATISFATÓRIO
NOTA 5,5

Tentou ser útil lutando muito, marcando a saída de jogo e também finalizando. Não comprometeu. 

FELIPE ÂNDERSON – REGULAR
NOTA 5

Se um time está perdendo por 2 a 0, último jogador em quem você deve pensar para colocar é campo é alguém sem velocidade e sem vibração. Mas o nosso treinador parece pensar diferente. De qualquer forma, leva nota e avaliação acima porque pelo menos fez Hugo Souza praticar sua única defensa em toda a partida.

IMAGENS: CESAR GRECO/AG. PALMEIRAS