Palmeiras sofre para vencer time de Diadema/SP. Lomba é o melhor em campo.

Meus amigos.

O futebol é mesmo um esporte que, muitas vezes, não tem a menor lógica. Senão, vejamos: de um lado, o atual bicampeão sul-americano e representante do continente no Mundial Interclubes; do outro, uma inexpressiva equipe oriunda da Série A-2, a Segunda Divisão Paulista, e sediada em um dos municípios mais pobres da Grande São Paulo.

O que poderia se esperar de um jogo entre estes dois times? É mais do que óbvio: o grandão, jogando em casa e diante de sua torcida, massacraria o pequenino. Pois é: o Palmeiras até venceu o Água Santa/SP, mas apenas por 1 a 0 e somente porque seu goleiro, aliás o reserva, foi o melhor em campo.

E olha que o Verdão não jogou mal e nem tirou o pé, como até seria esperado já que nesta quarta-feira hoje embarca para os Emirados Árabes Unidos e, claro, ninguém quer se machucar antes do principal torneio entre equipes do planeta. As dificuldades que nosso time enfrentou nesta terça-feira se originaram no ótimo posicionamento tático do time dirigido por Sérgio Guedes, ex-goleiro do Santos/SP e da Seleção Brasileira, passaram pela forma corajosa como sua equipe se portou em campo e terminaram com uma boa dose de violência, da qual o fraco árbitro Salim Feide Chavez tornou-se cúmplice. Em um campeonato que, como se sabe, vale muito pouco, a única coisa positiva que se pode tirar desta vitória palmeirense foram os três pontos e a liderança, isolada e tranquila, do nosso grupo.

Esta água, seja ela santa ou não, até desceu pela goela, mas que foi meio atravessado, foi.

O MELHOR: MARCELO LOMBA

Vou ser bem sincero com vocês: não boto muita fé no amigo aí de cima. Para mim, trata-se de um goleiro bem comum, daqueles que vez ou outra vão bem mas que, quase sempre, vão bem mais ou menos. Tanto que, mesmo mais velho, Jaílson lhe é bem superior em minha opinião. Só que hoje devemos nossa vitória a Marcelo Lomba, que praticou três grandes defesas (duas delas no mesmo lance) e foi o melhor em campo. Que assim permaneça sempre que for chamado (nota 7,5).

MERECE DESTAQUE: DUDU

Mesmo errando alguns lances no começo do jogo, foi o mais perigoso atacante do Palmeiras na partida. Seu gol, o 76º com a nossa camisa, foi fruto da sorte, é verdade, já que só aconteceu porque a bola desviou no zagueiro, mas também de uma boa jogada individual – aliás, uma de suas características mais marcantes. Na etapa final, melhorou bastante, apanhou bastante e saiu de campo bastante aplaudido pela torcida (nota 7).

PALMAS PRA ELE: DANILO

Mais uma atuação muito boa deste garoto que, aos poucos, vai se transformando na melhor dentre todas as crias da base reveladas em 2020. Danilo marcou forte à frente da nossa área, desarmou com perfeição várias vezes e ainda iniciou boas jogadas de ataque (nota 6,5).

Os demais jogadores ficam com as seguintes avaliações:

Luan – nota 6,5
Gustavo Gómez, Jorge, Zé Rafael e Rony – nota 5,5
Marcos Rocha e Jaílson – nota 5
Raphael Veiga - nota 4,5
Gustavo Scarpa – nota 4
Atuesta, Wesley, Breno Lopes e Deyverson – sem nota

O TREINADOR: ABEL FERREIRA

A decisão de Abel Ferreira em mandar a campo quase toda a equipe que, provavelmente, iniciará a partida da próxima terça-feira, pelas semifinais do Mundial Interclubes, foi acertada. Afinal, estes jogadores já não haviam atuado durante todo o tempo no domingo e, se não jogassem hoje, ficariam 13 dias sem jogar, ou seja, poderiam sentir muito a falta de ritmo. Tal ação poderia ter nos causado problemas? Claro, pois diante da violência do Água Santa/SP um ou mais jogadores correram o sério risco de se machucar, mas isso faz parte e contusões podem acontecer em treinamentos ou até mesmo ao subir ou descer do ônibus da delegação. A única decisão diferente que eu teria tomado seria promover as cinco alterações por volta dos 15 ou 20 minutos da etapa final, e não somente após os 40. De qualquer forma, o português foi bem à beira do gramado principalmente em dois aspectos: manteve o interesse da equipe mesmo em um jogo que nada representava mas, ao mesmo tempo, não permitiu que nossos jogadores se esquecessem do grande desafio que terão na próxima semana (nota 6).