FELIZ 2014, PALMEIRENSE. SERÁ???

Postura adotada por diretoria e perfil de possíveis reforços indicam ano simplório ao Verdão.

Se existe uma característica que melhor define a todos nós, palmeirenses, é o fato de sermos otimistas à exaustão. Mesmo quando enfrentamos árduos tempos, como os mais recentes, bastam três ou quatro vitórias seguidas para que já nos enchamos da certeza de títulos e glórias. Daí este texto ser, por si só, um enorme paradoxo.

Digo isso porque, neste nosso primeiro contato de 2014, não me sentir à vontade para nem ao menos lhes apontar dias de alegria no ano de nosso 100º aniversário. E me baseio em alguns pontos para, infelizmente, prever que se algo muito bom acontecer em um futuro próximo o será mais por sorte do que por mérito do Verdão. Assim sendo, vejamos:

1 – Estamos há quase um ano sem o patrocínio máster. Da mesma forma que concordo com a decisão do presidente Paulo Nobre de não aceitar qualquer trocado, também acredito que já passou da hora de resolvermos esta situação, já que não é possível que uma camisa tão famosa e marcante (obviamente me refiro à verde) não atraia interessados em um ano tão marcante – centenário, inauguração da Arena Palestra Itália, retorno à elite do futebol nacional, etc… Esta moleza por parte do mandatário alviverde interfere diretamente nas contratações e impede sonhos mais altos e condizentes com a nossa tradição.

2 – A nova política salarial imposta pela dupla dinâmica Nobre & Brunoro é inteligente e, justamente por isso, difícil de ser entendida por jogadores de futebol. Para que aceite um contrato de produtividade, o atleta precisa ser muito bem orientado por seus procuradores ou empresários e, claro, confiar no próprio taco. Se Valdivia, por exemplo, se encontrasse nesta situação, jamais aceitaria tal proposta, pois fica mais tempo fora do que dentro do time. Desta forma, alguns nomes até interessantes também disseram um não bem redondo ao Palmeiras.

3 – Ao anunciar a todo instante que o clube não tem dinheiro, o presidente usa da estratégia do mendigo profissional: aparenta ser mais pobre do que de fato é para conseguir mais esmolas. Tal postura é comum no futebol, mas no caso do Verdão gera um problema adicional: como viemos da Segundona, qualquer mané se acha capaz de vestir a nossa camisa. Isso gera um círculo vicioso: sem dinheiro, o clube procura por jogador mediano que, por sua vez, vem para o Palmeiras porque não lhe apareceria coisa melhor, mesmo. Daí a grande parte dos nomes citados e tentados até agora ser de atletas da América do Sul, desconhecidos ou em fim de carreira.

Paulo Nobre: de olho na reeleição, mas nem tanto no futebol

4 – A excelente campanha palmeirense na Série B, onde passeamos e em nenhum momento corremos o menor risco de não faturarmos o acesso e o título, passou a imagem de que nossa base, formada por jogadores de bom nível (Prass, Henrique, Wesley, Valdivia, Leandro e Kardec), é suficiente para nos deixar em condições de brigarmos por pelo menos um dos quatro objetivos em 2014: título paulista, da Copa do Brasil ou brasileiro ou, pelo menos, a vaga para a Libertadores/2015. Mas isso não é verdade: se importantes e pontuais reforços não chegarem, passaremos este ano em branco, e não em verde.

5 – Fontes de dentro do clube ouvidas por este jornalista garantem que Paulo Nobre já pensa na reeleição no pleito que acontecerá na primeira semana de dezembro próximo. Para tanto, como da primeira vez em que foi eleito, terá de novamente vender a alma ao diabo, e o capeta já lhe avisou que seu apoio dependerá da situação financeira em que o clube estiver às vésperas da votação. A pergunta que fica, neste caso, é simples: por que o presidente abriria os cofres para montar uma grande equipe se o que lhe garantirá mais 24 meses no poder não tem nada a ver com os resultados obtidos em campo?

Claro que, de repente, tudo pode ser diferente, a equipe se encaixa e tenhamos um ano muito melhor do que esperamos. Podemos até não acreditar muito nisso, mas como palmeirenses sabemos muito bem o quanto otimistas podemos ser.

22 Responses to FELIZ 2014, PALMEIRENSE. SERÁ???

  1. Boa tarde Márcio,

    Desejo a você e sua família um Feliz 2014, com muita paz e saúde.

    O ano nem começou e você já está prevendo uma temporada mediana??

    Calma, vamos deixar o pessoal trabalhar! Se o Palmeiras não fez nenhuma contratação bombástica, deixe-me lhe fazer uma pergunta: que time até agora fez? Não vi nenhum time anunciar nenhuma contratação importante, nem mesmo aqueles que irão disputar a Libertadores este ano.

    Acho que, pelo menos, nossa diretoria está inovando, buscando formas de administrar o pouco que temos de maneira mais eficiente. Agora está sendo difícil de convencer os jogadores a aceitarem esta modalidade de contrato, mas acredite: se outros clubes adotarem a mesma postura e os jogadores de futebol notarem que não há outra alternativa, esta pode ser a salvação de muitos clubes Brasileiros, inclusive o Palmeiras.

    Sei que somos demasiadamente otimistas, mas acho que você começou pessimista demais!

    Um grande abraço e felicidades.

    Valter

  2. jose luiz birochi

    MARCIO, NA MINHA HUMILDE MANEIRA DE VER FUTEBOL, AINDA SOU UM TANTO ROMANTICO PELO FUTEBOL DOS ANOS 50, 60, 70 E AINDA ACREDITO QUE ESSE FUTEBOL DE HOJE, DE TANTO RIGOR FISICO E MUITA CORRERIA, AINDA VOLTARA A SER ORQUESTRADO NOS MOLDES DOS ANOS QUE CITEI ACIMA, ISTO TUDO POSTO, PORQUE EU VIA SURGINDO NA BASE UM ATLETA COM ESSAS CARACTERISTICAS, O JOAO DENONE, NAO APROVEITADO PELO GILSON E DEPOIS EMPRESTADO AO OESTE DE ITAPOLIS. VOCE TEM NOTICIAS DELE, SE VOLTARA A SER APROVEITADO OU NAO.
    ABRAÇOS

    • Márcio Trevisan

      Olá, Birochi.

      Lamento, mas não há como o futebol voltar a ser jogado como o foi nos anos 60, 70 e 80. Agora, a condição física é que impera, e por isso o número de craques diminui.

      Quanto a João Denoni, ele seguirá emprestado ao Oeste/SP até o fim deste ano.

      Abs.

  3. Se é pra fazer contrato de produtividade, ok!
    Se é pra fazer economia, ok!
    Se é pra implantar austeridade e responsabilidade com o dinheiro do Palmeiras, ok!

    … Mas renovar com o Bruno “mão de alface”, não importa o valor, e por dois longos anos?
    Onde esta a coerência?
    Será que todos os goleiros da base do Palmeiras, são piores que o Bruno “mão de alface”?

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Confesso que também me surpreendi. Nada tenho contra Bruno, apesar da grotesca falha que ele teve na Libertadores (mas todos os grandes goleiros engolem frangos vez ou outra, certo?)

      E é justamente aí que está o ponto: Bruno é apenas um bom goleiro, não um grande goleiro. Acho que sua renovação se deveu ao fato de os demais goleiros do clube, com exceção de Deola, serem ainda muito jovens.

      Abs.

  4. jose luiz birochi

    OLA MARCIO, BEMVINDO NOVAMENTE NA SUA RETOMADA NESSE SITE OTIMO QUE VOCE PILOTA NOS LEMBRANDO EM UM PASSADO NAO TAO LONGINQUO, O NOSSO PILOTO DE ATAQUE, SERVILIO, TUPANZINHO, CESAR, MADURGA, ARTIME, MAS ISSO E SO SAUDOSISMO…
    FICO PREOCUPADO COM ESSA FALTA DE UMA POSTURA PROFISSIONAL DE PROPAGANDAS, EM NOSSO MANTO SAGRADO COM TODA A HISTORIA QUE TEMOS, TALVEZ PELA INCOMPETENDIA DE ALGUNS MARQUETEIROS DE PLANTAO NAS ALAMEDAS DO PARQUE, E ESSA IDEIA DAQUELE ARABE, ME LEMBRANDO DO TIME DO BOM E BARATO, QUANDO NAO CONSEGUIMOS GANHAR AQUELA MERCOSUL, QUE JA TINHAMOS GANHO NO PRIMEIRO TEMPO CONTRA O VASCO.
    UM GRANDE ABRAÇO, FELIZ ANO NOVO PARA VOCE E FAMILIA, E MUITA SAUDE E PACIENCIA…

    • Márcio Trevisan

      Olá, Birochi.

      Desejo o mesmo para ti e agradeço muito suas palavras.

      Vamos ver quais jogadores de fato chegarão e se eles serão capazes de dar à nossa equipe o poder que ele merece.

      Por ora, não consigo ficar otimista. Mas, daqui a pouco, quem sabe…?

      Abs.

  5. Marcio, te desejo um excelente 2014 , para você e seus familiares, seu texto é perfeito, a analise é correta , os fatos não retiram ou criam duvidas, os fatos que são já de conhecimento publico apenas revelam a incompetência marcante de Paulo Nobre, sou sócio é NÂO votarei para este cidadão, é muito menos para os que tiverem apoio dos grupos que o auxiliaram, nesta politica de conchavos, um abraço!

    • Márcio Trevisan

      Olá, Longo.

      Agradeço o carinho e os elogios, e retribuo os votos, porém em dobro.

      Forte abraço.

  6. Até como curiosidade, se as próximas eleições em dezembro será direta pelos sócios, por que o apoio do capiroto passa ser tão importante assim? é o mesmo peso de quando o eleito precisava dos votos do conselho? Acho que de agora em diante a vida do Nobre vai se tornar muito mais pesada, as cobranças serão intensas, até porque as desculpas acabaram-se, o a paciência e boa vontade da torcida parece que também. Ou ele governa para o time e consequente a torcida que vem junto ou ele definitivamente opta em agradar unicamente seu eleitorado, mas se assim fizer,penso que dança de qualquer jeito.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Marcos.

      As próximas eleições terão como eleitores também os associados, mas não apenas os associados.

      Além disso, não serão todos os sócios, mas sim apenas os que atenderem ao que exige o estatuto do clube.

      Daí, infelizmente, o capeta ainda ter muito poder no clube. Poder este que, por sinal, só terminará de fato quando ele morrer e for, enfim, para o inferno.

      Abs.

      • É capaz de ele romper com o diabo se ele não apoia-lo quando ele quiser implantar o bom e barato no inferno. kkkkkkkkkkkkkk

  7. Júnior Colletti

    Feliz Ano Novo meu amigo!

    Que Deus abençoe você e seus familiares fazendo com que este ano seja repleto de saúde, amor paz e conquistas.

    Como disse o amigo logo abaixo, que falta faz o Sr. Palmeiras…

    Bom, veja bem, aquela minha teoria da conspiração está cada vez mais evidente, hein?! E olha que não tenho ninguém nos bastidores pra ter cantado a bola da reeleição.

    Grandes reforços chegarão… Só depois da Copa (perto da eleição)!

    Grande abraço!

    • Márcio Trevisan

      Oi, Colletti.

      Muito obrigado pelas sua palavras.

      E é mais ou menos por aí: algum reforço mais importante sé para o Brasileirão e dependendo da campanha no Paulistão.

      Abs.

  8. PALESTRINO NATO

    EU ACHO QUE A POLITICA DO NOBRE NÃO VAI DAR CERTO EM ANO DE CENTENÁRIO. É NECESSÁRIO “GASTAR” PARA SE TER BONS ATLETAS. TODO CLUBE DEVE E O VERDÃO NÃO PODE? É UM ANO HISTÓRICO PARA NÓS E NECESSÁRIO SE FAZ UMA POSTURA DIFERENTE. NÃO SE TRATA DE UM ANO QUALQUER … É CENTENÁRIOOOOOOO … E QUERO VOLTAR AO ESTÁDIO E GRITAR, O VERDÃOOOO VOLTOUUUUUU …

    • Márcio Trevisan

      Oi, Bianco.

      Concordo com você. Mas, lembre-se: se Nobre abrir os cofres, perderá o apoio do diabo.

      E aí não será reeleito.

      Abs.

  9. Fábio P. R.

    Márcio, há motivos para ficarmos otimistas. O que parecia impossível aconteceu: Marcinho Gente Boa deixou o Palestra.

    Há esperanças para 2014…

    Abraços.

    • Márcio Trevisan

      Oi, Fábio.

      Fiquei surpreso com a saída do meu xará, mas acho que será uma boa para ele e para o Palmeiras também.

      Foram quatro anos de clube e chega uma hora que é preciso mudar.

      Mas não sei se ele encontrará algum clube que aceite pagar 200 mil mensais que ele pediu ao Verdão.

      Abs.

  10. Sentimos sua falta Márcio…

    • Márcio Trevisan

      Olá, Tadeu.

      Muito obrigado. POde ter certeza de que eu também senti saudades de escrever por aqui.

      Mas agora jpa voltamos e, como vc pôde notar, de ofrma mais efetiva.

      Abs.

  11. Bom retorno Marcio!
    Da minha parte, daqui pra frente, vai ser um bombardeio se as coisas não melhorarem.
    Se é pra economizar, porque ter duvidas em encerrar contratos de Marcio Araujo, Bruno, Fernandinho, Ronny, Ananias, etc…, etc… e etc…
    Não pagar salários pra esses medíocres já é uma grande economia.
    Daqui pra frente a cobrança na Administração Nobre tem que ser pra valer!
    Um abraço.

    • Márcio Trevisan

      Olá, Jair.

      Agradeço sua palavras.

      Alguns dos que vc citou aí em cima não ficaram.

      Mas, quanto à cobrança em Nobre, ela tem de ser proporcional à grandeza do Palmeiras.

      Abs.

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